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Foto do escritorRedação Jornal do Vidro

A VISÃO DE TÊMPERAS SOBRE O AUMENTO DE PREÇOS NO VIDRO

IMAGEM: MARYART

O aumento no valor do vidro em até 18% por parte das usinas fabricantes de vidro gera preocupação entre temperadores e vidraceiros. Nossa redação foi a campo para ouvir a opinião de temperadores para entender como essa alta irá influenciar em sua rotina de trabalho.

Um dos temperadores entrevistados por nossa redação foi o proprietário da Tempera Basalto Vidros em Maringá-PR Jaime de Paula Picher diz que já ajustou sua tabela de preços “Minha tabela já está reajusta, repassei exatamente o percentual das indústrias”, esse reajuste veio no momento em que usamos o capital de giro para fazer os pagamentos devidos a pandemia, tivemos que pagar e não houve vendas, e a reposição que vamos fazer de capital de giro já vem com o reajuste e isso irá nos prejudicar, completa.

O diretor das empresas Lamina Temper, Bend Glass e Alox Aluminium em Belo Horizonte MG Odilon Reinaldo também trouxe sua opinião a nossa redação, dizendo que era inevitável o aumento “As fábricas vão manter o reajuste porque o dólar aumentou, e as máquinas que nós usamos são caras, acho até que aumentou pouco”, eu vou segurar o aumento até dia 5 de junho porque tem distribuidor aqui em Belo Horizonte que vai segurar, mas as tabelas com os novos preços já estão prontas, afirma Reinaldo.

O diretor da Blue Glass beneficiadora de vidros de São José dos Pinhais-PR Marco Antonio Ramos explica a nossa redação que o dólar se relaciona com a alta devido aos produtos para fabricação “Barrilha e carbonato de sódio são importados, e como nos primeiros meses de 2020 as indústrias base estava com as margens reduzidas e com a parada quase total dos fornos, o reajuste dos preços foi quase inevitável.

É preciso levar em conta que dos 10 fornos no Brasil, apenas 4 estão em uso, os outros trabalham reduzidos e não podem simplesmente ser desligados”, o processador e o vidraceiro ganham um percentual sobre o preço da matéria-prima, ou seja, a cadeia recupera o lucro, o consumidor final vai comprar o vidro com ou sem reajuste assim como construtoras que tem prazo para finalizar as obras, temos que valorizar nosso produto, completa Ramos.

O diretor do grupo Personal Glass em Florianópolis-SC Samir Cardoso diz que o vidro estava defasado “Em fevereiro as fábricas já passaram um aumento, mas o mercado não repassou e até abaixou mais os valores”, o aumento pegou todos de surpresa, mas era necessário por conta da defasagem, completa o diretor.

O presidente da Adivipar (Associação dos Distribuidores e Processadores de Vidro do Paraná), diretor de vendas da Mary Art Vidros e diretor proprietário da Mary Art Laminados em Guarapuava-PR Lucas Bremm acredita que é difícil as empresas evitarem o aumento “Todos estão sem estoque e devido a pandemia não era possível carregar vidro e algumas usinas tiveram problemas na produção”, sem esse aumento é impossível de trabalhar, afirma o presidente.

Nossa redação está em contato com as usinas fabricantes de vidro para trazer um posicionamento sobre essa questão em matéria que será publicada em nosso site na quarta-feira dia 3 de junho.

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