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Vidro e sustentabilidade: cientistas podem usar o vidro para cessar derretimento de geleiras


Imagem: Wired

O gelo marinho do Ártico atua como um enorme guarda-sol para o planeta, pois sua superfície reflete os raios do sol de volta para o espaço e mantém o ar e o oceano frescos no topo do globo. Entretanto, conforme a atmosfera foi esquentando, o gelo encolheu, de acordo com satélites, para níveis muito mais abaixo.

A solução hipotética seria acelerar a “máquina de gelo” do Ártico e construir novas camadas de gelo para contornar os efeitos do aquecimento global e das mudanças climáticas. O projeto ICE911 de uma organização sem fins lucrativos de geoengenharia deseja espalhar sobre o gelo polar do mar uma grande camada de contas de silicato, a fim de impedir a absorção de calor.

O grupo de cientistas e engenheiros da Bay Area afirma que essa é a melhor solução: uma fina camada de pequenas (35 micrômetros) esferas de vidro que aumentariam sua refletividade superficial quando espalhadas no gelo e iniciariam o resfriamento do Ártico, consequentemente, criaria mais gelo. Segundo a fundadora da organização Ice011, Leslie Field, a ideia é tornar a superfície mais reflexiva durante a primavera e o verão para impedir que o gelo do mar absorva tanto calor, reduzindo o derretimento.

Caso a ideia funcione, essa camada de gelo fortalecida do Ártico poderá diminuir as altas temperaturas no mundo todo: "A modelagem climática que fizemos mostra que podemos construir uma cobertura significativa de gelo no Ártico", diz Field, professor de engenharia ambiental da Universidade de Stanford. Field também afirmou que foram realizados testes bem-sucedidos em lagos cobertos de gelo nas montanhas de Sierra Nevada, Minnesota e Alasca.

A estimativa feita pela equipe do Ice911 é de que o custo seria de US $ 300 milhões para produzir material suficiente para cobrir 9.600 milhas quadradas do Ártico para ter o efeito de resfriamento desejado, esse valor é mais do que o dobro da atual produção mundial de vidro. O próximo passo, segundo Field, é encontrar um lugar no Oceano Ártico que esteja perdendo muito gelo durante o verão e garantir um financiamento para realizar um teste.

Alguns especialistas dizem que o projeto pode funcionar a curto prazo, mas que é quase impossível tentar prever como o complexo conjunto de polias e alavancas que compões o clima da Terra reagirá. “É difícil saber como a circulação atmosférica pode mudar. Ainda há muito que ainda não sabemos sobre o nosso clima. Puxar cordas aqui e ali pode ter todos os tipos de consequências indesejadas.", diz Alice DuVivier, cientista climática do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica.

Até agora não foi decidido nenhuma conclusão para essa questão, será mesmo que esse grande avanço sairá do papel?

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