Imagem: Departamento de Arte Jornal do Vidro
Atualmente, a maioria das construtoras incluem em seus projetos janelas com persiana integrada com o objetivo de atender os limites da norma de desempenho NBR 15.575-4.
De fato, persiana integrada na própria janela isola melhor a claridade quando a está fechada, mas a pergunta que devemos fazer é:
O cliente final deve sempre usar a janela com a persiana fechada, sem poder ver a luz do dia?
O vidro é uma das melhores invenções da humanidade e aplicado em esquadrias nos protege do vento, da chuva, do calor e do barulho. Já a persiana, sistema feito para escurecer o ambiente, é bom em vedar as frestas existentes, por isso o potencial de isolamento de uma janela aumenta consideravelmente em frequências agudas, em que domina a Lei da Fresta.
Segundo a Lei da Massa, quando dobramos a massa de um material, não dobramos seu isolamento.
Por exemplo: Se temos um vidro de Rw 30dB e adicionamos a ele outro vidro do mesmo Rw, a junção dos vidros não será Rw 60dB, e sim Rw 33dB.
A cada vez que dobramos a massa, ganhamos 3dB!
Em mercado encontramos sistemas consagrados de janelas com persiana integrada, os quais o Rw da janela com persiana aberta é de um número "X" e quando se fecha a persiana, ao invés de ganharmos 3dB, ganhamos até 6dB.
Então significa que a persiana desses sistemas é boa? Não, significa que as janelas estão com problemas em seus aspectos construtivos, fazendo com que o potencial do vidro não seja extraído.
Por que isso acontece?
Muito provavelmente, ao analisar o espectro de frequência de um sistema como esse, iremos encontrar alguns "vales ou buracos" nas frequências agudas, o que significa que a Lei da Fresta não foi colocada em prática. Logo, a Lei da Massa passa a não atuar plenamente.
A ordem cronológica é: primeiro Lei da Fresta, para corrigir as imperfeições nas vedações, depois Lei da Massa para saber o quanto podemos aumentar a carga de vidros no sistema em questão.
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