O TARIFAÇO DO TRUMP E O SETOR DE VIDROS E ESQUADRIAS
- RODRIGO H. SANDIM
- 29 de jul.
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de jul.

TARIFAÇO DE TRUMP É SANCIONADO E JÁ PREOCUPA SETOR DE VIDRO E ESQUADRIAS NO BRASIL
Foi oficialmente sancionado hoje (30), pelo o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, o novo pacote de tarifas de importação contra países considerados concorrentes comerciais — e o Brasil está na linha de frente. O chamado “tarifaço”impõe tarifas de até 50% sobre produtos brasileiro, afetando diretamente os setores de alumínio, aço, vidro plano, esquadrias metálicas e acessórios para construção civil.
Impacto no mercado brasileiro de vidro e esquadrias
A medida norte-americana pode provocar um efeito dominó. Fornecedores que hoje exportam para os EUA devem redirecionar parte da sua produção para o mercado interno, aumentando a concorrência e pressionando os preços. Por outro lado, fabricantes brasileiros que dependem de matérias-primas ou máquinas importadas dos EUA poderão enfrentar altos custos operacionais, especialmente com dólar acima de R$ 5,50.
Quais regiões serão mais afetadas?
Estados como São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais — onde se concentram as principais indústrias de transformação do vidro e metal — devem sentir os efeitos mais diretamente. Além disso, regiões do Nordeste que estavam começando a atrair investimentos no setor podem ter projetos congelados por insegurança cambial e dificuldade de importação de equipamentos.
O que esperar?
A curto prazo, profissionais do setor devem ficar atentos a:
Reajustes de preços em materiais importados;
Redirecionamento de estoques internacionais para o Brasil, aumentando a oferta;
Possíveis gargalos logísticos e retenção de pedidos.
A medida entra em vigor em 7 dias e foi antecipada pelo Presidente Dolnald Trump dois dias antes do prazo.
Impacto direto para profissionais do Vidros e Esquadrias
Fornecedores internacionais redirecionarão estoques para o Brasil, elevando a concorrência e podendo pressionar preços.
Importadores brasileiros que dependem de maquinário e insumos dos EUA terão custos maiores, agravados pela alta do dólar.
Os estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, polos industriais, devem sentir os efeitos com mais intensidade.
Projetos no Nordeste, onde o setor vinha crescendo, podem ser congelados ou adiados.
Produtos brasileiros Isentos do tarifaço
Segundo o decreto, alguns produtos brasileiros foram excluídos das tarifas por interesse direto da indústria americana**. São eles em resumo:
Aviões e partes de aeronaves (como os da Embraer)
Minério de ferro
Celulose
Petróleo e derivados energéticos
Eletrônicos (smartphones, laptops, semicondutores, chips, servidores e monitores)
Minerais estratégicos (lítio, cobre, nióbio e outros)
Suco de laranja e laranja in natura
Produtos ainda em negociação antes das tarifas entrarem em vigor
Até o momento da publicação desta matéria, o governo brasileiro segue em negociação com autoridades americanas para tentar evitar a aplicação imediata das tarifas sobre:
Café
Pescados
Carnes (bovina e de frango)
A exclusão ou não desses itens será definida nos próximos dias, antes do início da vigência das novas tarifas.
O que fazer agora?
Revisar contratos internacionais e cláusulas cambiais.
Buscar alternativas de fornecimento nacional e regional.
Ficar atento a movimentos de preço, estoque e concorrência interna.
O Jornal do Vidro segue acompanhando tudo em tempo real para manter o profissional do setor sempre informado e pronto para agir.
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