Imagem: departamento de arte Jornal do Vidro
Na noite de 14 de maio Às 20h, o Jornal do Vidro realizou sua tradicional live. O convidado da noite foi Jorge Menezes, mentor de negócios e conselheiro empresarial o tema do assunto foi “Por que temos tão poucos fabricantes de vidro no mundo?”. Nascido em Cacequi-RS, atualmente ele mora em São Paulo.
Sobre seu inicio no segmento do vidro, Jorge Menezes diz que foi por acidente “Eu vim morar em São Paulo em 1991. Eu era sócio aqui em São Paulo e eu tinha uma empresa de assessoria de importação, e eu fui assessorar uma grande têmpera aqui de São Paulo, e ele queria comprar um forno horizontal nos EUA. Ele me falou que precisava de um profissional como eu para abrir uma rede de fornecedores lá fora, ai acabei fazendo um bom trabalho com ele, então passei a assumir a gerencia geral de materiais das fábricas dele, e ai não sai mais”.
Questionado sobre a organização da sua carreira, ele destaca “Eu trabalhei em três multinacionais, e eu sempre tive um sonho de ser diplomata, mas como eu não pude ser diplomata eu quis uma carreira que me desse o que a diplomacia me daria. Antes de eu focar em empresas, eu foquei em mim e fui me preparando, fazendo pós em comrcio internacional, pós e marketing e mestrado de relações internacionais. Depois de cinco anos naquela empresa eu recebi um convite para trabalhar em uma associação (Andiv). Então o responsável por assumir a presidência disse que o projeto que ele queria, era usar o conceito dos americanos (conceito business), e disse que era a minha cara”. “Através dela criamos a CB-37”.
Aconselhando aqueles que estão iniciando no vidro, o mentor ressalta “O que manda é ter um objetivo pessoal bem definitivo, saiba o que você realmente quer e faça o que você realmente é bom”.
Sobre o motivo de não terem vidros importados, ele acredita que “Quando eu olho para o lado do mercado internacional e da nossa economia, eu penso assim: O Brasil, indústrias e os investidores estão fazendo a parte deles que é defender os seus negócios, mas eu penso assim: Será que eu devo defender o meu mercado só usando as ferramentas que eu tenho, os argumentos jurídicos, órgãos do governo, ou eu deveria trabalhar melhor também a minha competência?”. “O fato principal não é se o vidro aqui é mais caro ou mais barato que outros mercados internacionais, mas sim, se ele é compatível ao preço do bolso do consumidor final”.
Sobre as poucas fabricantes, Menezes acredita que as empresas com poder econômico saem na frente “O mercado das grandes fábricas continua na mão de poucos, e vai continuar, porque é o movimento capitalista”. “Seja criativo e faça o melhor que você pode, sendo criativo e diferente dos outros, porque esse é o mundo dos negócios”.
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