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Eduardo Bolsonaro associa desabamento de cratera à participação de mulheres


Imagem: CREA-SP


No dia 1° de março, na obra da Linha 6-Laranja do Metrô, uma cratera se abriu no asfalto da Marginal Tietê, próximo à Ponte do Piqueri, zona norte de São Paulo. Segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o rompimento da galeria de um esgoto pode ser o motivo, não houve feridos no incidente.



Infelizmente, um vídeo publicado em 2020 pela Acciona (concessionária responsável pelo local) em que a coordenadora de comunicação da Acciona Stefania Riciulli defende a contratação das mulheres, foi modificado com imagens do desabamento, dando a entender que o motivo do incidente é a participação feminina no projeto. Um dos responsáveis por compartilhar o vídeo, é o Deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).


‘“Procuro sempre contratar mulheres”, mas por qual motivo? Homem é pior engenheiro?. Quando a meritocracia dá espaço para uma ideologia sem comprovação científica o resultado não costuma ser o melhor. Escolha sempre o melhor profissional, independente da sua cor, sexo, etnia e etc”, disse em postagem no twitter, na manhã do dia 4 de fevereiro. Nós procuramos a assessoria do Deputado, que até o fechamento desta matéria não deu retorno.


Imagem: Publicação twitter Eduardo Bolsonaro


O presidente do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de São Paulo), Eng. Vinicius Marchese, nos informou "Criamos e desenvolvemos projetos para romper os estereótipos da mulher na engenharia". "Cada vez mais as mulheres estão ocupando espaço no mercado de engenharia, principalmente pela vontade de ascender na carreira profissional", e reforça também a participação do órgão na Agenda de 2030 da ONU, e lembrar que há mais mulheres no setor, sendo que isso, reforça a luta por igualdade das mulheres.


Em nota de repúdio, a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), também defende a diversidade, e se orgulha da participação feminina no setor que tem crescido.


O Instituto de Engenharia também divulgou uma nota, em que diz ser um desserviço à sociedade, além de desrespeito e discriminação às profissionais envolvidas. A entidade prega o respeito.



A Acciona, concessionária responsável pela construção, também deu seu posicionamento através de nota, em que destaca o respeito e a diversidade como um dos pilares de sua política de ESG, além de considerar o conteúdo misógino e extremamente desrespeitoso com nossas colaboradoras.


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