Imagem: Departamento de Arte Jornal do Vidro
Com os sinais de crescimento na Construção Civil depois do primeiro semestre de 2019, a pergunta que fica no ar é: como será o ano de 2020 para os setores da Construção Civil, inclusive para o alumínio-vidreiro?
O economista Fernando Garcia, fundador da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e professor-adjunto da Escola de Administração da mesma instituição, mostrou em sua apresentação no 14º Simpovidro, porque o setor vidreiro foi tão impactado com a crise persistente no país desde 2018. Segundo os dados apresentados por ele, a Construção Civil em 2012 era responsável por 12,9% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional e no ano de 2018 esse percentual caiu para 8,8%. No ramo das edificações, responsável pelas grandes obras, o recuo foi de 40% entre 2014 e 2018.
“Os setores de linha branca, automotivo e moveleiro também foram impactados, mas bem menos que o de construção civil. Como este representa 80% do segmento de vidros planos, o impacto foi bastante sentido por vocês”, explicou. Além disse, o economista afirmou que de 2014 a 2017 o segmento de vidros planos recuou 18,8%, número relativamente alto para o pequeno espaço de tempo.
Em 2019 essa situação começou a mudar e no segundo semestre a Construção Civil foi a que mais cresceu, com uma porcentagem de 4,4% segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a segunda alta de atividade após cinco anos consecutivos de queda. Para 2020, Garcia afirmou que o cenário macroeconômico aponta um crescimento de 2% para o PIB. Já a Construção Civil deve ter aumento superior de 2,5% a 3,5%, além de outros setores que impactam o setor vidreiro, como:
– Eletrodoméstico: 1,5% a 2,5%
– Indústria automobilística: 4% a 5%
– Produção de móveis: 3% a 4%
Segundo o economista, esses dados indicam um cenário positivo para a indústria vidreira no ano de 2020