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Cientistas desenvolvem vidro capaz de converter energia solar em eletricidade


Um grupo de pesquisadores da Lawrence Berekley National Laboratry, na Califórnia, desenvolveu um painel de vidro fotovoltaico capaz de absorver energia solar e convertê-la em energia elétrica. Concebido inicialmente para ser apenas um vidro capaz de mudar de cor e opacidade conforme a incidência de raios solares, o material é capaz de converter o calor do sol em energia elétrica mantendo essas mudanças no aspecto do vidro.

A descoberta empolgou os pesquisadores, que já enxergam um futuro em que estes vidros inteligentes podem substituir a maioria dos painéis tradicionais, sendo usados por edifícios ou carros para abastecer seu consumo interno. Um artigo científico que descreve as experiências e detalha a descoberta foi publicado na revista britânica Nature.

O vidro inteligente é revestido por um líquido semicondutor que contém diversos compostos químicos, como césio e iodeto de chumbo. Em temperatura ambiente, ele é bem transparente, permitindo a passagem de 82% da luz que chega nele; no entanto, aquecido até 105ºC, ele assume uma coloração alaranjada e se torna mais opaco, deixando passar apenas 35% da luz.

Apesar do otimismo, o material ainda é muito limitado, tendo capacidade de converter somente 7% da energia que recebe em forma de calor para eletricidade e a uma temperatura de 105 °C, o que o torna inviável para uso comercial. Para ser funcional, a estimativa dos cientistas é que seria necessário converter pelo menos 10% da energia incidente a partir de 50 °C, temperatura que se aproxima do que a superfície de uma janela pode chegar em regiões quentes.

Outra limitação diz respeito às cores do vidro quando ele recebe calor. No momento, o material só consegue sair do transparente para laranja, marrom ou vermelho, o que limita suas aplicações em veículos e projetos arquitetônicos.

O objetivo dos pesquisadores agora é aumentar a eficiência do material e aprimorar sua estética, buscando novas opções de cores, seja alterando os componentes do vidro ou aplicando corantes em sua formulação. Pelo menos por enquanto, o vidro inteligente ainda está bem distante das vidraçarias.

Fonte: Olhar Digital

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