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Primeiro projeto que normatiza ferragens para vidro está em fase de conclusão


Roney Honda Margutti

"Um marco na história do segmento vidreiro". Assim define o engenheiro e Coordenador da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Roney Honda Margutti, a respeito do primeiro projeto que normatiza as ferragens para vidro no Brasil. Após mais de cinco anos de trabalho da Comissão de Estudo Especial de Ferragens (ABNT/CEE-188), instalada em setembro de 2012, o projeto que contribuirá para que as instalações de vidros temperados se tornem mais seguras está em fase de conclusão.

O Jornal do Vidro conversou com Margutti sobre o projeto base, que deve passar apenas por alguns ajustes finais em seu conteúdo antes de ser entregue para publicação pela ABNT – o que deve até acontecer até julho deste ano. O coordenador salientou que foi um desafio construir o documento do zero, pois até o momento não há uma norma específica para as ferragens para vidro, sendo que as normas internacionais não servem de referência.

“Este projeto acabou demorando um pouco mais que o normal para ser elaborado porque não havia referências. Normalmente, quando você tem uma norma já pronta, a revisão é mais simples. Neste caso, nós construímos o texto base do zero e chegamos ao projeto como está agora”, contou Margutti.

Para chegar a este resultado, a Comissão de Estudo realizou uma série de reuniões com a presença de fabricantes de ferragens e de vidros, instaladores e vidreiros, consumidores e representantes de entidades de classe. Margutti lamentou a falta de representação da indústria vidreira de Curitiba e região nas reuniões, que foram realizadas em São Paulo.

O coordenador contou que o texto está pronto desde o final do ano passado, e nos últimos meses foi feita a adequação dos desenhos de cada tipo de ferragem descrita no documento. “Havia fotos de todos os tipos de ferragens, e a ideia era que todas fossem transformadas em desenhos lineares para a ABNT facilitar a impressão e comercialização do texto”, disse Margutti. Por esta razão, todos os desenhos são em preto e branco, sem escala de cinza.

Quando as normas entrarem em vigor, cada tipo de ferragem terá um código de especificação, e deverá ter um requisito mínimo de desempenho: resistência dos parafusos, resistência à corrosão e resistência ao uso prolongado sem escorregamento do vidro. Vale ressaltar que todos os requisitos especificados na norma já foram testados em laboratório.

E quais são os próximos passos do projeto? De acordo com Margutti, a próxima reunião da comissão está marcada para o dia 29 de março. Estará em pauta o ajuste de alguns recortes para vidro, que entraram em conflito com a revisão da ABNT NBR 7199, norma de vidros que contempla aqueles utilizados pelas ferragens, trazendo algumas incompatibilidades com os recortes utilizados pelas principais ferragens.

“Semana que vem vamos nos reunir com representantes da Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos (Abravidro), que foi quem notou que alguns recortes estavam em desacordo com a norma revisada, e dará o suporte para o atendimento à norma de vidro. Após essa reunião, deveremos fazer uma convocação para o mês que vem para apresentar esse texto final e encaminhar oficialmente à ABNT”, revelou Margutti.

Quando já estiver em mãos da Associação Brasileira de Normas Técnicas, o projeto final passará pelo rito relacionado à publicação da norma, e deverá ser liberado para consulta pública por 90 dias. Aproveite este momento para consultar o documento e se preparar para as mudanças que virão quando o projeto pioneiro entrar em vigor.

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