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Por Cássio Miranda

Alta nas vendas do comércio é afirmação ou ponto fora da curva?

Na edição anterior da minissérie sobre a situação dos varejistas e prestadores de serviços frente à crise econômica, falamos um pouco sobre a crise de 2008, o que os profissionais fizeram para escapar dela, falamos também sobre a atual crise e as dificuldades enfrentadas. Na matéria de hoje vamos discorrer um pouco mais sobre os mecanismos que podem afastar o comerciante ou profissional da crise que tanto prejudica vendas e serviços. Primeiramente, podemos salientar que fomos surpreendidos pelos resultados divulgados recentemente, que sinaliza alta nas vendas do comércio varejista brasileiro no mês de fevereiro, em comparação ao mês anterior, que foi tido como base para a matéria escrita anteriormente. A alta é de 1,2%, segundo o Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o melhor mês de fevereiro para o comércio desde 2010, quando atingiu 2,7% em vendas. Levando em consideração todos os meses, o avanço nos números é o mais significativo desde julho de 2013, no período o crescimento havia sido de 3%. Ora, esse aumento nas vendas é um sinal de melhores perspectivas ou foi um ponto fora da curva? Para o economista Pedro Paulo Silveira estes números não devem ser tão comemorados assim. Ele afirma que, apesar do anúncio na mudança do comportamento nas vendas terem subido, pegou todo mundo de surpresa, pois, no ano, o varejo acumula variação negativa que alcança o número de 7,20%.

A recessão econômica, tão discutida nas mídias, contribuiu na queda do comércio de forma consistente desde o final de 2014. Ainda segundo o economista, o comércio indica principalmente o “Consumo das Famílias”, que representam 60% do PIB, e mostra como que a recessão “sofre” influência direta pelo sacrifício aos quais às famílias têm se submetido. Um grande exemplo disso são os supermercados, que representam os consumos mais essenciais e está em queda livre nos últimos meses, atingindo números negativos em 7%, representando o atual momento que o país vive. Nesse momento de crise é muito importante que os profissionais, prestadores de serviço e os varejistas, atentem para as melhores soluções para conseguir se desviar desse momento turbulento. Ter muita cautela nas decisões comerciais é um ponto importantíssimo, dar prioridade aos clientes já conquistados também auxilia na segurança do faturamento, que garante quase sempre as vendas cruciais do mês. Investir na comunicação, buscar conhecer melhor o cliente e cortar as despesas sem abdicar das qualidades são algumas missões, não impossíveis, para manter o seu comércio ou serviço vivo e sonhando com dias melhores.

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